sábado, 5 de dezembro de 2009

GRANDES SÃO AS MULHERES!

Uma mulher foi renovar a sua carteira de motorista.
Pediram-lhe para informar qual era a sua profissão.
Ela hesitou, sem saber bem como se classificar.
"O que eu pergunto é se tem um trabalho", insistiu o funcionário.
"Claro que tenho um trabalho!", exclamou.
"Sou mãe".
"Nós não consideramos "mãe" um trabalho.
Vou colocar "dona de casa", disse o funcionário friamente.
Não voltei a lembrar-me desta história até o dia em que me encontrei em situação idêntica.
A pessoa que me atendeu era obviamente uma funcionária de carreira, segura, eficiente, dona da situação, perguntou: Qual é a sua ocupação?
Não sei o que me fez dizer isto, as palavras simplesmente saltaram-me da boca para fora "Sou Doutora em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas".
A funcionária fez uma pausa, a caneta de tinta permanente a apontar para o ar e olhou-me como quem diz que não ouviu bem.
Eu repeti pausadamente, enfatizando as palavras mais significativas.
Então reparei, maravilhada, como ela ia escrevendo, com tinta preta, no questionário final.
Posso perguntar, disse-me ela como novo interesse, o que faz exatamente?
Calmamente, sem qualquer traço de agitação na voz, ouvi-me responder:
"Desenvolvo um programa a longo prazo (qualquer mãe faz isso), em laboratório e no campo experimental (normalmente em teria dito dentro e fora de casa). Sou responsável por uma equipe (minha família), e já recebi quatro projetos (todas meninas).
Trabalho em regime de dedicação exclusiva (alguma mulher discorda???) , o grau de exigência é em nível de 14 horas por dia (para não dizer 24 horas).
Houve um crescente tom de respeito na voz da funcionária que acabou de preencher o formulário, se levantou e, pessoalmente me abriu a porta.
Quando cheguei em casa, com o título da minha carteira erguido, fui recebida pela minha equipe: uma com 13 anos, outra com 7 e outra com 3 anos.
Do andar de cima, pude ouvir o meu novo experimento (um bebê de seis meses), testando uma nova tonalidade de voz. Senti-me triunfante!
Maternidade... que carreira gloriosa!

Assim, as avós deviam ser chamadas:
"Doutora Sênior em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas".
As bisavós:
"Doutora Executiva Senior".
E as tias:
"Doutora Assistente".
Uma homenagem carinhosa a minha grande esposa, também a minha mãe, a minha sogra e a todas as mulheres, mães, esposas, amigas, companheiras.

Doutoras na Arte de fazer a vida melhor!

domingo, 1 de novembro de 2009

OS NOSSOS GOLIAS DE HOJE

Os Golias de hoje

Hoje quero falar sobre duas pessoas que nas suas épocas foram muito importantes, e através dos tempos, na história da humanidade também. Duas pessoas que se destacaram muito pelas suas qualidades, uma por ter sido um modelo de obediência e coragem, o outro por sua grande arrogância e orgulho. Todos nós já ouvimos falar alguma coisa sequer a respeito de Davi e Golias, e todos nós poderemos também aprender alguma coisa com estes dois grandes personagens da história. No Antigo Testamento, mais precisamente no livro de I Samuel, capítulo 17, nos conta a história que os Israelitas viviam em constantes guerras e conflitos com vários povos para proteger as terras de sua herança. Um desses povos era os Filisteus. Certa ocasião estavam ambos os povos preparados para a guerra quando saiu de entre os Filisteus um homem chamado Golias, que nos versículos de 4 a 7 vemos suas características: 6 côvados e 1 palmo de altura (aproximadamente 2,80 m), o peso de sua armadura de guerra era de 5.000 siclos de bronze (entre 45 e 90 kg), sua lança pesava 600 siclos de ferro (aproximadamente 90 kg). Este apavorante homem de guerra se parou próximo às companhias dos Israelitas e disse-lhes: - “Para que saireis a ordenar batalhas? Não sou eu Filisteu e vós servos de Saul? Escolhei dentre vós um homem que desça a mim. Se ele puder pelejar comigo, e me ferir, seremos vossos servos; porém se eu o vencer, e o ferir, então sereis nossos servos, e nos servireis... Hoje desafio as companhias de Israel, dizendo: Dai-me um homem, para que ambos pelejemos (versículos de 4 a 7). Ao ouvirem isto, todo o povo de Israel, inclusive seu comandante Saul temeram muito e ficaram preocupadíssimos. E por cerca de 40 dias Golias se apresentava aos Israelitas e repetia as mesmas palavras. O temor e o espanto dos Israelitas só aumentava. Como será que nós nos comportaríamos nesta situação?

Entra na história um jovem pastor de ovelhas chamado Davi. Por ordem de seu pai, foi até o local onde estavam os soldados Israelitas levar alguns mantimentos para os seus irmãos, e após ter ouvido a afronta do Filisteu Davi começa a ter interesse em lutar contra o gigante Golias. Sendo desencorajado por seus irmãos Davi argumenta e convence a todos inclusive o capitão dos exércitos Israelitas, Saul.

Nesta história podemos tirar algumas lições a fim de nos ajudar nas batalhas diárias que enfrentamos:

  1. Existia uma razão ou causa para a guerra dos Israelitas contra os Filisteus? Que razão ou causa defendemos nas batalhas diárias que enfrentamos?
  2. Davi tomou emprestada a armadura de Saul. Que armaduras temos hoje ao nosso alcance? Podemos nós tomar emprestado a armadura de outra pessoa?
  3. Davi tomou cinco seixos ou pedras do rio. Que pedras poderemos usar hoje em dia como armas? Talvez a coragem, esforço, humildade, o reconhecimento do poder divino e talvez o dever de fazer o certo.
  4. Davi lutou em nome de Deus. E nós, em nome de quem é que lutamos?
  5. Toda a terra precisava saber que havia um Deus em Israel. E as nossas atitudes hoje em dia demonstram que acreditamos em Deus?
  6. O Senhor tem sua própria maneira de salvar, não precisa de lanças nem de espadas. E quais são as providências que Ele tem tomado hoje em dia para nos salvar dos nossos inimigos?
  7. Davi correu para encontrar-se e combater com Golias. E nós costumamos enfrentar os nossos problemas ou tentamos encobertá-los ou fugir deles? Enfrentamos as adversidades do dia-a-dia com fé em Deus ou as deixamos nos dominar?
  8. Davi venceu Golias. Nós também podemos sobrepujar todos os nossos inimigos e pô-los sob nossos pés. Com coragem, esforço, humildade, confiança em Deus e senso de dever poderemos elevar-nos acima de todo o mal.

Quem são os Golias que poderemos enfrentar nos nossos dias? Talvez os vícios, ou então o egoísmo, também o orgulho, a inveja, a cobiça, o medo, a indolência, a dúvida, a luxúria, o desânimo, a indiferença, a desigualdade, a injustiça social, enfim, são muitas as espécies de Golias que talvez encontremos em nossa vida.

Que possamos agir como Davi, que possamos colocar toda a nossa confiança em Deus para vencermos os Golias que teremos que enfrentar na nossa vida.

domingo, 25 de outubro de 2009

Nossas Crianças

Cuidado com as crianças.

Um costume muito comum em todos nós, meros mortais, é o fato de transferir responsabilidades e deveres a outros. Por exemplo: - Quando vemos nossos filhos com uma nota ruim na escola normalmente culpamos os professores que não souberam passar a matéria da forma que pudesse ser entendida a contento pelos nossos filhos; ou mesmo quando presenciamos nossos filhos falando algum palavrão, logo imaginamos que suas professoras nas aulas dominicais da igreja não estão sendo severas e educadoras o suficiente para as nossas crianças sejam mais moderadas e tementes a Deus. Esquecemos nós de cuidar que a maior responsabilidade sobre a educação dos nossos filhos, além de todas as outras coisas, é inteiramente nossa.

Apesar de a responsabilidade das professoras da escola e da igreja serem muito grande, o desafio dos pais é ainda maior. Além de danosos programas de televisão, existem drogas, espancamentos de crianças, aceitação de atos de violência e pornografia infantil. Uma pesquisa feita nos Estados Unidos há alguns anos atrás indica que as crianças americanas assistem à televisão a metade do tempo em que estão acordadas. Ao chegarem aos doze anos de idade, já terão assistido a destruição violenta de aproximadamente 18.000 seres humanos. Aos doze anos já terão passado 10.270 horas diante do aparelho de televisão, e eu acredito firmemente que com as crianças brasileiras não é muito diferente disso, e isso sem falar da internet, cada vez mais presente em nossos lares. E agora eu pergunto: Quanto tempo por semana dispensamos para nossas crianças? Quanto tempo por mês gastamos corrigindo os deveres da escola, ou mesmo conferindo o conteúdo escolar que está sendo ensinados aos nossos filhos? Ao retornarmos para casa aos domingos, chegando da igreja, nos damos ao trabalho de conversarmos com nossos filhos para ver o que foi a eles ensinado pelas professora das aulas na igreja?

Sei que sou muito radical neste meu pensamento, mas costumo imaginar que se hoje existe tanta corrupção no mundo em todos os níveis da nossa sociedade, é porque houve um dia pais vagarosos em cumprir com suas responsabilidades, pais negligentes em dispender tempo suficiente para cuidar e educar suas crianças.

Lembremos sempre que a maior responsabilidade sobre a educação dos nossos filhos somos nós mesmo, e isso é um grande privilégio das nossas vidas.